Hunky Dory - David Bowie |Rock|
Esplêndido quarto álbum do sempre previsivelmente inusitado cantor inglês.
Neste álbum, Bowie decidiu quebrar o estereótipo de hard-rocker, erguido às bases de seu álbum anterior e também notável 'The Man Who Sold The World'.
Para tanto, Bowie - nascido David Robert Jones, em Brixton, Londres no frutífero ano de 1947 - assumiu um approach mais pop. Canções mais diretas e arranjos convidativos.A guitarra dá lugar aos violões e boa parte do arranjo fica nas mãos do não menos talentoso Rick Wakeman.
Com as intenções estéticas definidas, Bowie pôde finalmente sentar-se e escrever uma série de canções, diria, espantosas.
Pop, visto através dos olhos multicoloridos do britânico rapaz. E esse ponto de vista, naquele momento da história, enxergava muita coisa.
Quantas vezes você põe um CD pra tocar e algo como Changes invade os alto-falantes? - E antes de você se recuperar da abertura, Oh! You Pretty Things, onde Nietzsche é citado e enturmado com a onda glam-bissexual-rocker. Tudo devidamente assistido pelo piano vaudeville de Wakeman.
Ao longo dos anos, muitas lágrimas já se precipitaram com a maravilhosa Life On Mars? - Quicksand, muito linda, escrita em homenagem ao colega Neil Young. Bowie, parece, estava afim de homenagear seus amigos e uma espécie de dark folk é batizada Andy Warhol.
Uma stoniana nunca falta num álbum de David Bowie. Aqui Bombers cumpre a tarefa. Queen Bitch e Superman puxam mais para o habitual hard-rock. Tudo, claro, de uma maneira que só acontece no universo bowieano.
Recomendo.
Dê uma chance à 'Hunky Dory'. Compre dois. Porquê o primeiro vai gastar rápido.