Bem-vindos ao tune-O-matic. Sintam-se a vontade para opinar, criticar e sugerir.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Electric Guitarist - John McLaughlin |Jazz|



Electric Guitarist  -  John McLaughlin    |Jazz|

Em 1979, McLaughlin resolveu que era hora de se reunir com os colegas que o apoiaram em seus, até então, 15 anos de carreira. O resultado foi uma obra-prima do jazz-rock fusion - e, se me permitem, o melhor álbum da carreira solo do guitarrista.


Essência do fusion. Inventividade acima do padrão, virtuosismo, timbres apaixonantes e marcantes e, sobretudo, beleza.
Os ingredientes de todo esse feitiço são . . .   Jack Bruce (Cream), Stanley Clarke e Chick Corea (Return To Forever), Billy Cobham, Jerry Goodman, Narada Michael Walden, Stu Goldberg (Mahavishnu Orchestra) e mais Jack de Johnette, Alyrio Lima, David Sanborn, Carlos Santana, Tony Williams entre outros.

Mas apesar de toda a absurda lista de convidados, quem tira o fôlego é o próprio John McLaughlin. O inglês, considerado mestre entre os mestres, está num momento de pura inspiração e em grande forma.

A belíssima New York On My Mind possui os ares da Mahavishnu Orchestra, o tema é inexplicavelmente belo. Friendship promove o encontro com Carlos Santana, outro tema de beleza impar. Every Tear From Every Eye lembra Miles Davis, eletricamente falando. Em Do You Hear The Voices You Left Behind ? o guitarrista paga seu tributo ao ídolo John Coltrane, a improvisação aqui é uma lição pra toda a vida - nesta faixa, McLaughlin mostra porque é considerado um dos maiores guitarristas que já habitaram a Terra.

Apesar de jazz, 'Electric Guitarrist' pode se tornar o seu disco de rock predileto, e ainda aguçar a curiosidade dos 'rockeiros' para o que o jazz é capaz de produzir.

Imperdível.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

John Mayall & The Blues Breakers With Eric Clapton - John Mayall & The Blues Breakers |Blues|



John Mayall & The Blues Breakers With Eric Clapton -  John Mayall & The Blues Breakers    |Blues|

Ao lançar este álbum, em 1966, o inglês John Mayall já era um messias para os garotos britânicos vidrados em blues.

Também nessa época Eric Clapton já era um ídolo nas terras da rainha. O guitarrista havia alcançado seu ligeiro estrelato como guitarrista da banda The Yardbirds uma 'boy band' inglesa baseada no rhythm & blues americano.

Clapton, garoto, estava longe da personalidade que o levaria a se tornar um popstar com Bad Love, Change The World e outros hits da fm. Nesses tempos, o jovem Eric era um aprendiz de blues; devotado, com uma dedicação monástica. As virtudes do rapaz o fizeram entrar em conflito com a direção pop que os Yardbirds planejavam trilhar. Assim, disponível e convicto de seu ideal, Eric foi parar na banda de John Mayall.

Oficialmente, o álbum é de Mayall. Mas além do vocal do líder, a única coisa que se ouve é a prematura genialidade de Clapton.

Eu considero esse um dos álbuns mais importantes da história. O acontece entre suas doze faixas foi a semente para tudo o que viria depois.  Para se ter uma ligeira idéia, muito do fizeram os Beatles e os Stones após 1966, foi diretamente influenciado por este álbum - se estes dois foram afetados, imaginem os outros.

Citar uma ou outra faixa desse disco seria um sacrilégio. Tudo aqui é de primeira, tudo acrescenta. Mas para não perder o costume, vou salientar All Your Love, Little Girl, Steppin` Out e Double Crossing Time.

Um clássico dos clássicos. Cartilha para os guitarristas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Outras Faces |Notícias|


Outras Faces              |Notícias|



Os sobreviventes da banda inglesa Faces se preparam para uma comeback tour em 2010.

Desde 1998, Ron Wood, Kenney Jones e Ian McLagan vêm tentando reformar a banda para uma nova empreitada. O único impecílio era o vocalista Rod Stewart resolver se ia ou não dar um tempo em sua lucrativa carreira de mela-cueca para voltar à sua banda original.

Finalmente, Roderick declinou o convite, o que liberou o resto do Faces para buscar um novo vocalista; que encontraram em Michael Hucknall (Simply Red).


"Se não fizermos isso logo, um de nós vai empacotar," diz McLagan. "Estamos há muito tempo esperando por Rod dizer sim; agora ele vêm e diz não. Ele está ocupado com outra merda. Então nós vamos fazer.

Rod / Red, é capaz de dar certo. Enquanto isso nos resta esperar e torcer para que o Faces dê as caras em nossas cidades.

por: Alexandre H Calamari 
fonte: Rolling Stone Magazine

Live: A Fortnight In France - Patricia Barber |Jazz|



Live: A Fortnight In France -  Patricia Barber    |Jazz|

A pianista e cantora Patricia Barber é uma heroína que desde o começo de sua carreira é rechaçada por falta de rótulo. Isso mesmo, ninguém consegue 'enquadrá-la' sob algum estilo - e isso incomoda muita gente.

A razão é que Barber não é exatamente avant-garde, nem pop, nem blues, muito menos tradicional. Ela está lá no meio - e acaba sendo jazz. Que jazz ? - Não importa.

"Live: A Fortnight In France" é seu nono álbum. Registro da passagem de sua banda pelas cidades de Paris, Metz e La Rochelle, França. Uma banda de altíssimo nível, Eric Montzka na bateria, Michael Arnopol baixo acústico e o inventivo Neal Alger na guitarra.

O álbum tem uma sonoridade forte e brilhante, sem perder o caráter intimista de Barber. Canções elegantes, com o toque certo de sensualidade e muito espaço para experimentação, que é o forte da banda.

Pieces, Gotcha, Whiteworld e Dansons la Gigue mostram diversidade dentro de uma identidade e são o ponto alto do disco. Whitchcraft mostra a fluência da pianista Patricia Barber em um standart bem comportado.
Em uma versão de Norwegian Wood ela mostra seu respeito aos Beatles.

Virtuosismo técnico e criativo, uma bela voz e uma boa dose de coragem.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A Night At The Opera – Queen |Rock|



A Night At The Opera   Queen   |Rock|

Hoje, ligamos nosso laptop e temos toda a sorte de amplificadores, pedais, racks, sintetizadores, kits de bateria, corretores de afinação, gravadores de infinitos canais, orquestras sinfônicas completas e se você quiser, até caixinhas de fósforo; com um realismo impressionante.
Mas em 1975, nem o Stanley Kubrick podia imaginar essa possibilidade.

A alta tecnologia era meio tosca, ou pelo menos, não acompanhava a criatividade de certos artistas.
Mesmo assim, o Queen fez “A Night At The Opera”, um álbum que, para o bem ou para o mal, está presente em, no mínimo,  50% dos discos de rock lançados depois dele.

Musicalmente o álbum é rico e ousado, mesmo para os padrões atuais. Hard rock, vaudeville, pop, folk, clássico, dixieland e mais alguma coisa.
Tecnicamente; Freddie Mercury impressiona pela genialidade de seu canto. Trezentas camadas de guitarra em cada faixa. Uma guitarra que Brian May fez soar como violinos, cellos, trompetes, trombones, clarinetas e guitarras, também. Timbres, riffs, e arranjos raros.



Quem acha que para ser pesado você tem que ter 8 cordas numa guitarra, afiná-la 2 tons abaixo e plugá-la em 2 amplificadores de 333 watts, veja o que um single coil numa guitarra oca e um amplificador de 30 Watts podem fazer em Death On To Legs  e Sweet Lady.
Com um tratamento vocal além do comum, a banda revira músicas de cabaré com Lazing On A Sunday Afternoon e Seaside Rendevouz.
O pop tem em You're My Best Friend um de seus hinos. Em '39 o folk flerta com o progressivo e ganha uma bela canção na voz do guitarrista Brian May.

Descaradamente progressiva é The Prophet's Song, e aqui Freddie Mercury utiliza o eco para criar uma arte rara - seu timbre, afinação e senso artístico são notáveis.
Finalmente, na hora de fundir o rock à música clássica o Queen criou esses clássicos eternos (ainda que batidos) do rock. Love Of My Life, aqui, na versão de estúdio é fantástica; bem mais interessante do que a 'versão banquinho e violão' que vendeu trilhões de cópias. E finalmente Bohemian Rhapsody; o famigerado pastiche rock-ópera que se tornaria a maior marca da banda.

Este foi o álbum que definiu o Queen como a banda que conhecemos hoje. E, ainda que exista muita gente boa por aí; um disco desses não se faz todo dia.

Discoteca básica.

Good Humor – Saint Etienne |Pop|



Good HumorSaint Etienne   |Pop|

Uma onda retro surgiu nos anos 90. Bandas como Jamiroquai e Cardigans, estavam entre seus mais fortes expoentes.

Menos conhecido no Brasil era o trio Saint Etienne. A proposta era mesclar o pop da swingin’ London dos anos 60 com a batida das danceterias londrinas dos 90s.

Dentro do conceito, a banda sabe o que fazer. Muito bem.
“Good Humor” não é de tirar o fôlego, mas tem seus momentos de inspiração.

Woodcabin abre o CD e mostra o que é ser pop com estilo; passado e presente numa combinação perfeita. Com Mr.Donut, o Sgt.Pepper dá as caras.
The Bad Photographer, Goodnight Jack e Been So Long também são muito boas.

Pra quem curte pop.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Blind Faith – Blind Faith |Rock|



Blind FaithBlind Faith   |Rock|

Os anos 60 terminaram e lá ficaram os Beatles, Jimi Hendrix, o Traffic e o Cream.
Os dois últimos resolveram juntar os cacos e ver no que dava. Deu numa banda que sobreviveu por 7 meses e gravou uma obra prima do rock.


Lançado em 1969, “Blind Faith” foi o único rebento da super-banda de mesmo nome, formada por Eric Clapton e Ginger Baker (Cream) e Rick Grech e Steve Winwood (Traffic).
Com uma formação dessas, nem são necessárias muitas explicações. Melhor ir atrás e ouvir.

Had To Cry Today e Presence Of The Lord já bastam. Mas ainda tem Sea Of Joy, que seria um nome bastante adequado para um álbum deste porte.

Ouçam a voz de Steve Winwood e descubram por que me dá coceira ouvir que Axl Rose é um ‘grande vocalista’. Ouçam Eric Clapton, com 23 anos, mostrando serviço.

Um clássico!

Jungle Tango – Jazz Mandolin Project |Jazz|



Jungle TangoJazz Mandolin Project   |Jazz|

Formada em 1993, pelo bandolinista Jamie Basefield, o Jazz Mandolin Project é uma banda com uma sonoridade única.
O foco central é, sem dúvida, o bandolim. Mas o instrumento é trabalhado de tal maneira que soa como algo mais – como um novo instrumento. O som é moderno; um jazz elegante, com estilo e ousadia.

“Jungle Tango” chama a atenção pela fusão extremamente equilibrada entre tango, electronica  e jazz. O mais bacana é que o electronica da equação, não depende de computadores ou sintetizadores. A maioria dos efeitos são produzidos pelo bandolim elétrico de Basefield.
O tango tem uma nova leitura com Jungle Tango e ganha ares de experimentação com Pointillism, Proust e Freddy. Oh Yeah é simples e perfeita.

É ouvir e viciar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Them Crooked Vultures - Them Crooked Vultures |Rock|


Them Crooked Vultures  -  Them Crooked Vultures    |Rock|


Pela maternidade da meretriz !!

Isso é um disco de rock. Pudera, Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters) na bateria, Josh Homme (Queens Of Stone Age) guitarra e Sua Reverendíssima Santidade John Paul Jones (Led Zeppelin)  no baixo.
Corro o risco de ser tendencioso mas. . .  nota-se que que Homme e Grohl fizeram a lição de casa antes de encarar papai Jones.


Quando a coisa dá certo, não tem jeito. É tudo em cima. Absolutamente atual e ao mesmo tempo completamente caracterizado.
Tá, não vou mentir - é  m u i t o  Zeppelin, mas e daí ? Não é lindo ?

Resumindo, com o vocalista certo, este CD seria perfeito. Então é quase.

No One Loves Me & Neither Do I é daquelas para derreter o alto-falante. Você vai se impressionar do que o baterista é capaz quando está com a companhia certa.
Em Elephants está decretado como o rock deve ser nesta década. Jones desenterra seu antigo Clavinet em  Scumbag Blues e você chora. Reptiles só seria possível para um trio desse porte.
Mas para quem está mais para Stone Age e Foo Fighters Gunman, Mind Eraser, NoChaser e New Fang dão conta do recado.

Uma banda incrível. Guitarras poderosas e criativas em clichés reinventados. Bateria matadora; competência e alma de sobra. Acima de tudo, você vai perceber que há muito mais John Paul Jones no som do Led Zeppelin do que nossa vã tietagem pode imaginar.

Um Rock Band Melhor |Notícias|


Um Rock Band Melhor     |Notícias|


O guitarrista britânico Dhani Harrison, filho do ex-Beatle George Harrison, além de ser o maior responsável pelo lançamento do game The Beatles: Rock Band revelou estar trabalhando de perto com a Harmonix no desenvolvimento de controladores mais realistas para a série de simuladores de guitarra.


Apesar do assunto ainda dar alguma discussão, é fato de que jogar o tal Rock Band ou seu concorrente Guitar Hero não chega sequer perto de poder simular a sensação de tocar um instrumento verdadeiro.
Tocar decentemente uma guitarra ou qualquer instrumento, requer dedicação e estudo, diariamente. Definitivamente, tais pseudo-simuladores não requerem nem dão noção alguma sobre música ou qualquer instrumento que pretendem recriar. São jogos; e só incentivam a jogar, cada vez mais.

A intenção de Harrison é justamente criar um controlador que realmente possa proporcionar ao jogador  uma experiência mais realista, mais haver com o ato de tocar um instrumento.

Como disse ao Chicago Tribune " Estou trabalhando no Rock Band e tornando os controles mais reais, de maneira que as pessoas possam realmente aprender a tocar enquanto estão jogando"

 Boa sorte Dhani.



por: Alexandre H Calamari 
fonte: Guitarist Magazine

Cure For Pain - Morphine |Rock|



Cure For Pain  -  Morphine    |Rock|

Se você procura por algo diferente, esta é uma opção.

O Morphine foi um oásis no meio dos anos 90. Em meio aquela maçaroca de mesma coisa, o trio de Cambridge - Massachusetts veio com uma proposta inovadora.
Baseando seus arranjos em um baixo de duas cordas e um sax barítono a banda liderada por Mark Sandman criava um clima meio obscuro, enquanto rebuscava as raízes do blues.

"Crue For Pain" é o segundo álbum do Morphine e foi com ele que o trio afirmou seu status de originalidade.

Buena não precisa de guitarras distorcidas para ser pesada e atual. As raízes ficam mais evidentes em A Head With Wings. Outros destaques são Thursday, Candy, Let's Take A Trip Together.

Fish Out Of Water - Chris Squire |Rock|



Fish Out Of Water   -  Chris Squire   |Rock|

Para os fãs do rock progressivo este álbum é o êxtase. Para baixistas de qualquer estilo, este álbum é alfabetização - obrigatório.

Em 1976 o Yes havia chegado num ponto crítico. Depois de um álbum muito esperado, mal produzido e mal recebido, a banda resolveu abrir a janela e renovar os ares.
A solução seria um álbum solo de cada integrante. A empreitada pariu 4 bons álbuns, entre eles "Fish Out Of Water".

No universo dos contrabaixos elétricos, Chris Squire é um Deus. Mas os dotes do fundador do Yes são mais abrangentes.
Quando garoto, Squire foi coralista, esta experiência ele levou para sua carreira no rock. No Yes, além de reinventar seu instrumento, Squire foi o responsável pelas texturas vocais que povoam clássicos como Your Move, Roundabout, Close To The Edge e Leave It.


Em "Fish Out Of Water", Squire conta com a ajuda de seus colegas Bill Bruford e Patrick Moraz para criar uma obra-prima. As composições tem um pouco da celestialidade do  Yes, um toque de fusion e um oceano de inspiração.
Hold Out Your Hand não deixa dúvidas de que se trata de um integrante do Yes. Silently Falling não deixa dúvidas de que se trata de um músico excepcional.

Novamente;
bom para todos, altamente indicado para fãs de progressivo. Um baixista que não tem esse CD, deveria ser processado por descaso.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Mahabharata - Jean-Claude Carrière |Religiões|



O Mahabharata   -  Jean-Claude Carrière   |Religiões|

Principal obra da literatura sânscrita. Tido como o grande poema do mundo. Este texto é a fonte de todas as lendas e personagens mitológicos da cultura ocidental.

Numa tradução que respeite as proporções de língua e cultura, podemos entender Mahabharata como Grande História da Humanidade. E é exatamente este o seu peso, principalmente para os hindús.
A história é escrita pelo Deus Ganesha e contada pelo poeta Vyasa. O objetivo do texto é trazer a lei do universo para o coração do homem.
O texto original, é um poema de 100 mil estrofes divididas em 18 seções; se publicado na integra, formaria um tono equivalente a 15 bíblias.

Nesta adaptação de Jean-Claude Carrière, "O Mahabharata" está em forma de narrativa, o que o torna acessível para o resto de nós.

Independente de religião, crença ou gosto literário - leia este livro. É uma das mais antigas e belas histórias já escritas, e você não vai encontrar melhor maneira de desfrutá-la senão pelas palavras de Carrière.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sky Blue Sky - Wilco |Rock|



Sky Blue Sky - Wilco  |Rock|

Remetendo aos ares mais country de Neil Young e evidentemente Beatles, "Sky Blue Sky", de 2007, desde a capa é um dos álbuns mais inspirados dos últimos anos.

O Wilco geralmente acerta. A banda tem uma boa discografia, mas um tanto confusa. Hora puxando mais para um indie-rock fm, hora flertando com o country. CDs legais, mas nada espetacular, até "Sky Blue Sky".

Este parece ser o mais próximo que o Wilco chegou de ter sua própria identidade. Clima tranquilo, reflexivo. Muitas baladas, mas nenhum momento melado ou cafona. Do começo ao fim, altamente agradável.

A abertura com Either Way dá novamente aquela sensação de que os bom tempos estão voltando. A mesma impressão você vai ter com Side With The Seeds e Hate It Here. Vale ainda destacar Impossible Germany e Walken.

Lucy In The Sky In 3D |Notícias|

Lucy In The Sky In 3D                         |Notícias|



O diretor Robert Zemeckis (De Volta Para O Futuro I, II e III, Forrest Gump, Expresso Polar, Uma Cilada Para Roger Rabbit, etc. . . ) e a Disney se uniram para trazer para o século XXI a animação Yellow Submarine.

O projeto já está a todo vapor, e a única questão em aberto é se Ringo Starr e Paul McCartney farão ou não parte do remake.

O próprio Zemeckis disse a MTV  "Eu acho que Yellow Submarine é o exemplo perfeito de um filme que pode ser re-produzido no cinema digital e alcançar resultados  absolutamente além do espetacular".

O lançamento é previsto para 2012, o que vai coincidir com os Jogos Olímpicos de Londres. Um musical baseado no filme também apetece os anseios de Zemeckis.


por: Alexandre H Calamari 
fonte: Rolling Stone Magazine

Dom Quixote de La Mancha – Miguel de Cervantes |Literatura Clássica|



Dom Quixote de La ManchaMiguel de Cervantes |Literatura Clássica|


Um monumento da literatura universal em uma edição à sua altura.

Miguel de Cervantes, com maestria, cria a fábula do fidalgo que sucumbe ao fanatismo por livros de cavalaria e espana alguns parafusos. No fundo, uma ode a eterna luta entre a inteligência e a estupidez. Leitura obrigatória.

Um sem número de edições, boas e más, já foram lançadas. Mas o que faz desta uma edição tão especial é que em comemoração ao IV Centenário do livro, em 2005, a portuguesa Edições Dom Quixote resolveu unir o clássico de Cervantes à visão analítica, psiquiátrica, genial que Salvador Dali teve do cavaleiro anti-herói.


Numa apresentação luxuosa - capa dura e caixa - você vai poder desfrutar deste clássico imortal em grande estilo e ainda vai adicionar a sua coleção toda a série de ilustrações produzidas por Dalí sob a influência  da obra-prima de Cervantes.


Time Out – The Dave Brubeck Quartet |Jazz|



Time OutThe Dave Brubeck Quartet |Jazz|


O jazz jamais seria o mesmo depois de “Time Out”. 

Este álbum de 1959 é a obra prima de Dave Brubeck e também do chamado third stream jazz – fusão do jazz com a música clássica.
O ponto que o torna tão singular é o ritmo. Num mundo dominado pelo 4/4 ou, no máximo, um 3/4, a turma de Brubeck resolve explorar as mais complexas divisões de tempo que puderam conceber. Em certos momentos chegam a ocorrer dois ritmos diferentes simultaneamente. Traduzindo para leigos – você vai sofrer para bater o pé junto com a música.

A complexidade rítmica somada ao charme natural do third stream faz de “Time Out” uma das gravações mais sofisticadas do jazz. O álbum é pura inteligência e bom gosto. E virtuosismo.

O piano de Dave Brubeck é o cérebro da banda, o sax de Paul Desmond é poesia. Eugene Wright, com seu contrabaixo, mantém o ponto de equilíbrio e o baterista Joe Morello merecia cachê dobrado. Genial
Blue Rondo à La Turk abre o CD e já dá uma idéia do que está por vir. Everybody’s Jumpin’ é a personificação da elegância e em Kathy’s Waltz, Brubeck cria um solo num ritmo diferente do resto da banda.
Ah,..... um hit :  Take Five.

Idlewild South – The Allman Brothers Band |Rock|



Idlewild SouthThe Allman Brothers Band |Rock|


Naquela lista das pessoas que não deveriam morrer, eu sempre coloco Duane Allman. E quis o destino que ele fosse cedo demais. Mas foi o suficiente para que seu imensurável talento forjasse a identidade dessa que é uma das grandes bandas da história.

“Idlewild South” foi lançado em 1970, é o segundo álbum do Allman Brothers. Blues sulista, climas acústicos e canções simples e perfeitas. Isso, somado ao órgão e ao vocal marcante de Greg Allman e às guitarras de Dickey Betts e do gênio Duane Allman, é a fórmula de uma música que vai durar para sempre.

Revival já vale o investimento. Daí vem as viciantes Don’t Keep Me Wonderin’ e Midnight Rider. In Memory Of Elizabeth Reed é arte e Hoochie Coochie Man é uma das melhores versões que a própria já teve. Uma balada de alto nível em Please Call Home e altamente allmaniana Leave My Blues At Home.


É daqueles que você ouve até gastar. . . 

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

The Little Willies - The Little Willies |Country|



The Little Willies  - The Little Willies  |Country|

Nunca fui muito fã da Norah Jones, nem de country, mas esse CD eu tive que parar para ouvir.

O Little Willies, grupo formado por cinco amigos, não passa de um projeto paralelo à carreira solo de Jones. Mas periga ela ter feito o melhor disco de sua carreira justamente fora da mesma.

Em cima da influência de Hank Williams, Willie Nelson e Kris Kristofferson, a banda começou a tocar na brincadeira e acabou tendo seu único álbum lançado pela Blue Note.


O som é intimista. Uma banda de clube, tocando por prazer; mas uma Senhora banda. Norah Jones, não deixa a desejar - toca e canta muito bem, aliás os vocais merecem destaque. Mas quem rouba a cena são as guitarras, os caras sabem o que estão fazendo.

Ouça Tennesse Stud, I Gotta Get Drunk e  It's Not You It's Me ..... já valem o CD.

Transformer - Lou Reed |Rock|



Transformer  - Lou Reed  |Rock|


Segundo álbum solo do já consagrado líder do Velvet Unferground, banda de grande projeção na cena Nova Iorquina dos anos 60, apadrinhada por Andy Warhol.

Este álbum, de 1972, ditaria o som de Lou Reed pelos anos 70. Foi concebido como a entrada de Lou no Glam Rock, com a ajuda de ninguém menos que David Bowie e seu guitarrista Mick Ronson.

Apesar da tentativa, o som ainda está mais para a personalidade soturna e intimista de Lou Reed, do que para os excessos do Glam propriamente dito.
As idiossincrasias do estilo ficaram mais nas letras do compositor, acostumado a cantar o lado escuro das ruas de New York.

E é aí que mora o charme. Um glamour decadente. Lou Reed no seu melhor.
Além dos já citado, Bowie e Ronson,  Klaus Voormann também participa de "Transformer" como baixista.

Hits: Vicious, Satellite Of Love, Walk On The Wild Side.
Como nem só de hits vive o homem...... Make Up é a personificação da temática do álbum. Andy's Chest é muito boa, e não esqueçamos a melancólica Perfect Day.

A Menina Que Roubava Livros - Markus Zusak |Romance|



A Menina Que Roubava Livros  - Markus Zusak  |Romance|

Ainda que por razões sombrias e degradantes, poucos eventos históricos alimentam a literatura tanto quanto a Segunda Guerra Mundial. Pelo menos de cada três livros que me caem na mão, um se passa nesse período.

Mas esse vale a pena. A morte é a narradora da história. Fantástico, a própria morte conta a história pela sua visão singular e acompanha os passos de Lisa Meminger, uma órfã que tem um gosto peculiar . . .  roubar livros.

Boa leitura.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Peter Gabriel (Car) - Peter Gabriel |Rock|



Peter Gabriel (Car)  - Peter Gabriel  |Rock|

Quando Peter Gabriel resolveu abandonar o Genesis em 1977, o mundo do rock sofreu um pequeno choque. 

A banda, que tinha acabado de lançar o hoje antológico The Lamb Lies Down on Broadway, estava no auge e fora desfalcada de seu maior trunfo. 

Mas não era novidade nenhuma que o rock progressivo vinha sofrendo uma morte lenta e dolorosa. Gabriel parece ter enxergado o fato mais rápido que seus colegas.


Em "Peter Gabriel (Car)", o músico se desvia da pirotecnia que vinha sondando sua antiga banda e procura por um som mais direto, ainda que experimental.
Um experimentalismo mais polido, digamos.
Produzido por Bob Ezrin, o Midas dos anos 70, o álbum  conta com os guitarristas Steve Hunter, Dick Wagner e Robert Fripp e mais um time de comparsas como Phil Collins e Peter Hammil. O baixista ? - Tony Levin.

Além dos intrigantes vocais, Gabriel assume as flautas, teclados, percussões e a composição.
Faixas como Solsbury Hill e Here Comes The Flood se tornariam clássicos imediatos. Mas é com Moribund The Burgermeister, Slowburn e a maravilhosa Humdrum que Peter Gabriel mostra porque era hora de seguir carreira solo.