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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pictures At Eleven - Robert Plant |Rock|


Pictures At Eleven  -  Robert Plant    |Rock|

Álbum de 1982,  estréia da carreira solo de Robert Plant.


Quando bateu a notícia de que Robert Plant estava preparando seu primeiro álbum pós-Zeppelin, não houve quem duvidasse - ele vai juntar um bando de amigos para tentar recriar uma falsa atmosfera zeppeliniana . Mesmo porquê, o que mais ele pode fazer ? Um cantor de blues ilhado no início dos coloridos anos 80. . . ?  Um dinossauro desgarrado ? Uma sobra dos anos 70 ?!

"Pictures At Eleven" chegou as prateleiras em 1982. Longe das expectativas, Plant mostrou que apesar de seu glorioso passado, não precisaria viver dele. "Pictures ..." é um ponto de partida, não uma continuação.
O som é muito mais para o pop rock que dominaria os 1980. Mas calma, não vamos confundir com aquela desgraceira insípida, inodora e automática que marcou a década. Plant foi para o pop, tudo bem - mas foi com estilo.

Uns dos segredos de todo grande artista, é saber escolher suas companhias. E para o som que buscava o vocalista convocou Robbie Blunt como guitarrista e parceiro musical e Phil Collins e Cozy Powell como bateristas. (Para quem tocou a vida toda com John Bonham, dois é o número mínimo)

"Pictures At Eleven" abre com Burning Down One Side e já se pode perceber que pop-rock não precisa obrigatoriamente ser estúpido. Moonlight In Samosa esbanja estilo, e classe; mas não deixa de ser uma simples canção. Uma belíssima simples canção. Pledge Pin mantém a elegância e é enriquecida pela bateria de Collins.
Talvez para não ser visto como traidor por fãs mais ardorosos, Slow Dancer chega para saciar as saudades do velho Led Zeppelin. Cozy Powell não deixa a desejar neste verdadeiro tributo à banda e à John Bonham.
Fat Lip talvez seja a mais enigmática de todas as faixas. Construida em torno de uma batida simples de bateria eletrônica, a faixa soa moderna até hoje. As guitarras de Blunt são limpas, diretas e minimalistas. Um blues eletrônico ? Uma fossa sintetizada ? Ouça e me diga.
Ainda Worse Than Detroit, a balada Like I've Never Been Gone e o zep-riff de Mystery Title.

Minimalista, simples, sexy e elegante. O que mais impressiona é que neste primeiro trabalho solo, Robert Plant parece ter encontrado seu estilo próprio e o qual tem bem pouco haver com seu estrelato anterior.
Sua voz, claramente menos potente, é utilizada com classe e sabedoria. Plant sabe trabalhar dentro de suas limitações e não tenta emular os prodigiosos agudos que o fizeram famoso. Ele parece saber o que fazer e quando fazer, até hoje.

Marcante do início ao fim.

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